x
UAI
ESTÚDIO VRUM

Carros híbridos são a melhor opção para a eletrificação?

A eletrificação chegou para ficar no setor automotivo, mas, além do carro puramente elétrico, existem variações dos híbridos. Você sabe diferenciá-las?

Publicidade
Plataforma de veículos eletrificados vai beneficiar todas as marcas da Stellantis
Plataforma de veículos eletrificados vai beneficiar todas as marcas da Stellantis Foto: Enio Greco/EM/D.A Press

Que o setor automotivo mergulhou de cabeça na eletrificação não é novidade para ninguém. Mas como os mercados são diferentes e cada um tem suas peculiaridades, a indústria procura se adequar para oferecer o produto ideal para o consumidor. Enquanto alguns países investem pesado em carros elétricos, outros direcionam os investimentos para os híbridos, acreditando se tratar de uma solução mais próxima da realidade.

Este é o caso do Brasil, onde algumas montadoras estão apostando nos carros híbridos como a melhor solução para a eletrificação. Principalmente os híbridos flex ou puramente a etanol, que é considerado o combustível mais limpo, capaz de oferecer um resultado final melhor em termos de descarbonização.

Porém, a tecnologia híbrida evoluiu muito nos últimos anos e, na busca pela eletrificação sustentável, as montadoras desenvolveram diferentes sistemas. Temos o híbrido, híbrido plug-in, híbrido leve e micro híbrido. Mas você sabe diferenciar esses sistemas?

Para ajudar a esclarecer essa questão, os jornalistas Boris Feldman e Enio Greco batem um papo sobre a eletrificação dos carros e as diferentes opções de sistemas híbridos. E uma pergunta fica no ar: para o Brasil é realmente mais adequado passar pelos carros híbridos antes de chegar no puramente elétrico.

Boris Feldman explica que existe o híbrido leve, que é o MHEV (Micro Hybrid Electrical Vehicle). Consiste em um motor a combustão que traz acoplado outro pequeno elétrico, que tem três funções. Ele faz as funções de motor de arranque, alternador (gerando corrente elétrica) e aumentando a potência e torque quando se pisa fundo no acelerador, sem gastar combustível.

Para Boris Feldman, o híbrido leve é um excelente dispositivo para reduzir o consumo de combustível. O sistema não é capaz de tracionar as rodas apenas no modo elétrico, mas quando o propulsor a combustão precisa de um auxílio, ele entra em ação disponibilizando alguns cavalos a mais. Lembrando que o carro precisa ter outras bateria específica para fazer funcionar esse motor elétrico.

Capô da Toyota Hilux 2025 levantado.
Toyota Hilux terá sistema híbrido-leve adicionado ao seu conhecido motor Foto: Toyota/Divulgação

Outra opção é o híbrido plug-in, que combina motores elétricos com propulsor térmico a combustão. Esse sistema permite a condução no modo 100% elétrico, somente a combustão ou híbrida, variando de acordo com a necessidade. E é plug-in porque permite que a bateria que faz o motor elétrico funcionar seja recarregada na tomada.

Diante de tantas opções, qual a melhor para o consumidor brasileiro, o carro elétrico ou o híbrido? Para Boris Feldman, o carro híbrido é mais eficiente, por causa do “fantasma da pane seca”, que pode acontecer com o veículo elétrico. Trata-se daquela situação em que a carga da bateria está acabando e o motorista não tem onde recarregá-la.

Em um carro híbrido essa situação só ocorre se acabar o combustível e a carga da bateria ao mesmo tempo. Mas vamos combinar que é muito mais fácil achar um posto de combustível nas estradas do Brasil do que um ponto de recarga de bateria. Esse é um dos problemas que ainda atrapalham a eletrificação no país.

Confira os vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion: lançamentos, testes e dicas